segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Peregrinação a Fátima em BTT

Já era algo pensado há uns tempos, e concretizou-se no passado fim de semana de 18/19 de Maio de 2013 a peregrinação a Fátima em BTT.
Os preparativos foram sendo feitos quase desde o fim do ano de 2012, só faltava acertar a data. Depois da data confirmada, foi feita pesquisa de forma aperceber a melhor maneira de realizar a peregrinação, aprender o caminho, estadias (o pretendido sempre foi realizar a caminhada em 2 dias), o que levar, etc.

1º Dia
O tão aguardado fim de semana chegou, na manhã do dia 18/05/2013 pelas 06h.30m estava no ponto de encontro com outros 2 companheiros da pedalada. O primeiro objectivo seria apanhar o barco das 07h.00m no cais do Seixal de modo a podermos ir até ao Cais do Sodré, e a partir dai seguir para o Parque das Nações, em direcção ao Km 0(zero) do Caminho de Fátima.
De casa (Cruz de Pau) ao Parque das Nações foram cerca de 15,682Km (a rolar), chegando ao Parque das Nações perto das 08h.00m.
Aqui tiraram-se as fotos da praxe.



Pelas 08h começámos a pedalar, o próximo objectivo seria parar para almoçar no restaurante "O Chefe" em Santarém, e deliciar-nos com os Nacos de Touro grelhados, uma iguaria que tínhamos de provar, pois durante a nossa pesquisa, era sempre encontrada. Claro que iríamos parar pelo caminho para repor algumas calorias que se iam perdendo.

O caminho desde a Expo está muito bem assinalado, mas temos de ter presente que os pilares com a indicação do caminho poderão estar meio escondidos, caídos, partidos, etc, se estivermos com atenção, o caminho é-nos muito bem apresentado. Devido à chuva, o trilho rente ao rio trancão encontra-se com alguns pontos de lamaçal e "quebrados", mas nada que não se faça com atenção.
A primeira paragem foi feita no clube recreativo de Alpriate, onde fomos muito bem recebidos e onde reforçamos o pequeno almoço. Sem muita demora, fomos novamente para a estrada.
Sempre a rolar chegámos à estação de comboios de Alverca. Aqui, temos de atravessar a estação, literalmente, com as bikes às costas. Tirámos umas fotos, pois à porta desta estação, encontra-se o antigo Museu do Ar.




Saindo da estação, retoma-se logo o Caminho de Fátima.
Mais à frente em Alhandra, parámos nos B.V. para carimbar pela primeira vez a nossa credencial de peregrinos, coisa que nos tínhamos esquecido de fazer logo no inicio da viagem, tal não era a vontade de pedalar.
Seguimos viagem, sempre a rolar.
Algures perto da estação da Azambuja, não reparámos na indicação do Caminho, e seguimos em frente pela N3, ao invés de atravessarmos a estação e seguir o Caminho até Santarém.
O percurso entre Vila Franca de Xira e o Cartaxo foi feito um pouco mais lento, pois começou a chover a e a levarmos com o vento de norte.


Seguimos pela N3 até Santarém, com algumas subidas dignas de prémio montanha, pelo menos para nós. :)
Foram percorridos 81,49 Km.
Chegados a Santarém, pelas 14h20m,  procuramos e encontrámos, com a ajuda dos nossos amigos, o restaurante "O Chefe", onde nos deliciámos com os "famosos"  nacos de Touro grelhados. Estavam divinais.



Junto da PSP de Santarém, obtivemos a informação de como retomar o Caminho correcto.

A partir de Santarém, poucas paragens foram feitas, somente para reabastecer o corpo e para libertar alguns líquidos. :)

Seguindo sempre as indicações do Caminho de Fátima, chegámos pelas 18h30m e após 110,26 Km ao Centro de Ciência Viva do Alviela, onde pernoitámos.

As instalações são muito boas, o duche é que foi de água fria, pois as caldeiras ainda não estão operacionais, mas se formos ao duche do parque de campismo pode-se usufruir de água quente. Mas diga-se a bem da verdade, que com o cansaço a água fria soube mesmo bem.
Antes de irmos jantar ainda demos uma vista de olhos ali pelas redondezas, é um local espectacular para levar a família a passear, usufruir do rio e da paisagem circundante.
O jantar foi brutal, umas belas bochechas de novilho, regadas com sangria, com direito a sopa, entradas, sobremesa e café. Posso dizer que foi tudo consumido pelo corpo, pois na manhã seguinte nem sinais de ir ao WC.

2º Dia
Ás 8h00m do segundo dia já estávamos acordados, às 8h30m tomámos o belo do pequeno almoço, e pelas 9h00m retomámos o nosso caminho.
Já sabíamos que este dia ia ser complicado, muito menos Km, mas muita subida...muita.
Esta difícil etapa começou logo ao sair do Alviela, o caminho era a subir e com a chuva, o caminho estava intransitável para andar em cima da bike. Ora a pé, ora de bike, lá conseguimos transpor os Km's iniciais.
 A caminho de Minde passámos pela serra de Sto. António, com grandes e rápidas descidas, mas como se costuma dizer, após uma grande descida...vem uma grande subida.
Passando por Minde fomos em direcção a Covão do Coelho. Paisagens maravilhosas, teríamos desfrutado mais se não fosse a chuva que teimava em não parar.
Entre trilhos de serra, estrada de alcatrão, subidas e descidas, entrámos finalmente nos últimos Km's, e quando finalmente se vislumbra a torre do santuário, é uma sensação indescritível. E mais indescritíveis são os sentimentos que se têm ao chegar ao santuário. É simplesmente maravilhoso, não só a sensação de alivio, mas também de dever cumprido, enfim, não se consegue explicar, só mesmo fazendo.


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